terça-feira, 17 de julho de 2007

Experiências

Durante muito tempo acreditei que podia fazer o que quisesse, era só agir, realizar e pronto, não sei contar quantas vezes por isso quebrei a cara.
Mas o interessante é que assim aprendi a fazer minhas escolhas, e lidar com minha vida, mesmo que as vezes me sinta insegura e frágil, mesmo que não tenha forças suficientes pra bancar as conseqüências de uma decisão, as vezes arrisco, as vezes dá certo outras não.
O tempo tem me feito pensar mais, tem me levado a processar mais as informações e a deixar pra decidir quando estiver 100% segura. Por um lado isso é ótimo, evito o atropelo das decisões emocionais e dos impulsos destrutivos e criativos a que estou exposta e que sempre finalizam em pequenos dramas e grandes tragédias, raras vezes em pequenos, médio ou grandes acertos, por outro às vezes sinto que fico obediente demais às regras, imposições e deixo de lado uma coisa que sempre pensei ser importante, a autenticidade. Não que isso me transforme numa pessoa distorcida, mas a falta de espontaneidade às vezes nos faz meio que autômatos.
Eu gosto da idéia de ser cuidadosa ao me expor e a expor minhas idéias, pois não gosto de chocar nem de agredir ninguém, muito menos de afrontar valores, isso foi fácil resolver à medida que parei pra refletir, a respirar antes de falar e agir, hoje me descobri mais diplomática. Porém isso às vezes me dá a impressão de que estou inerte, apática e indiferente o que não é verdade.
Por fim, os anos passam, poucos ainda para minha existência, mas passam e vão deixando marcas, ensinamentos e grandes lições.
Hoje já não quebro tanto a cara nem enfrento um exército por conta de um capricho, não sei se isso me faz mais ou menos feliz, pelo menos me mantém integra e ciente de mim.Luto pelo que quero, mas tenho aprendido que a minha batalha não precisa ser sangrenta, como o rio, tenho aprendido a contornar os obstáculos.

3 comentários:

Rodrigo Romeiro disse...

...os anos passam, poucos ainda para minha existência, mas passam e vão deixando marcas, ensinamentos e grandes lições.
Hoje já não quebro tanto a cara nem enfrento um exército por conta de um capricho, não sei se isso me faz mais ou menos feliz, pelo menos me mantém integra e ciente de mim.Luto pelo que quero, mas tenho aprendido que a minha batalha não precisa ser sangrenta, como o rio, tenho aprendido a contornar os obstáculos.


O interessante é que tu mesma já tens a medida ideal da Clara que queres que o mundo perceba! Importante, porém, é decidir se é essa mulher que queres interiormente! Uma coisa é diferente da outra e nem sempre caminham para harmonizarem-se! Esse desejo de não chocar as pessoas, manter o que chamamos Tradicão, mais que herança européia, nos dias atuais tornou-se uma necessidade. O mundo anda cada vez mais violento e nem sempre sabemos quem é o viajor da poltrona ao lado! - Será que podemos verdadeiramente conhecer 100% uma pessoa? A resposta grita, impaciente...
Levando ao extremo da conjuntura atual, estamos perdendo o Romantismo? (escrito com maiúsculo para representar o movimento artístico) Penso que não, mas há que se fazer um novo romantismo! Recriar novos caminhos, refazer idéias anacrônicas e mal compreendidas! Enfim, recriar autenticidade! - Palavra mágica que já fez muito doido varrido tomar veneno ou pular do vão central!!! A autencidade é possível? Não seria um mito? Melhor nao tomar o cálice fatal... esperemos a próxima rodada! Quem sabe se um Diego Hipólito, uma Jade Barbosa nos salve da eterna mania de nos sentir subdesenvolvidos e derrotados? Quem sabe se num salto magistral nossa vida não atinja a nota ideal? - Aquela do ouro metafísico! Importante, então, mantermo-nos equilibrados no fio da navalha!
Sejas como fores, Clara, tu já tens a minha admiração e o meu respeito! Procure, antes de mais nada, não chocar a si mesma! Isso sim, é uma idéia bastante autêntica! rssss... Bjos carinhosos!

BLOG DO ZÉ ROBERTO disse...

A existência com seus obstáculos nos faz mais fortes. Vamos moldando o nosso interior a medida que transpomos obstáculos, barreiras naturais e até aquelas dificuldades que nós mesmos nos impomos devido ás nossas imperfeições. E assim vamos caminhando, acertando aqui, errando ali mas sempre trazendo ensinamentos e lições de vida pra dentro de nosso interior. E essas lições vão servir para o nosso crescimento e aprimoramento espiritual, como também vão se refletir pra fora em nossas atitudes ou palavras e esse reflexo fará bem não só para os nossos semelhantes mas principalmente para nós mesmos. Clarinha, caminhar sempre é o nosso maior desafio. Lutando contra exércitos inteiros ou contra nós mesmos, a meta deve ser sempre progredir, aprender e ensinar. Que as lições de vida e os obstáculos que por ventura tenham se colocado na sua vida ou que ainda se colocarão, possam ser motivos ainda maiores para que você finque seu pé nessa sua decisão de se melhorar e de caminhar para uma vida cada dia mais feliz. E se me permitir, acompanharei de pertinho seu sucesso, viu? Um beijão bem gostoso pra ti! Te adoro e te amo minha amiga!

Anônimo disse...

Também não sei se isso é bom...e nem se nos torna mais felizes, só o que sei, é que é necessário que tenhamos esse tempo prá refletir, pensar, voltar atrás ou seguir adiante, sem que nossa jornada nos torne vítimas da nossa própria inconsequência, podemos remover ou desviar das pedras...é uma questão de opção pessoal, o que não podemos é ignorá-las, ou simplesmente nos chocar com elas...o resultado nesse caso, é desastroso,e com certeza, não nos torna melhores e nem mais felizes.
Estava te devendo essa visita, né Clarinha? mas agora venho vez ou outra tomar um cafézinho, tá?rsrs
Parabéns pelo blog!
beijos!!!